‘Petróleo não tende a cair absurdamente nos próximos meses ou anos’, diz CFO da PRIO (ex-PetroRio)

O choque de oferta de petróleo gerado pela pandemia de coronavírus e intensificado pela guerra na Ucrânia jogou os preços da commodity para cima, beneficiando as petroleiras. Para a PRIO (PRIO3), antiga PetroRio, o momento é o ideal para conseguir reduzir o custo de extração e, assim, lucrar ainda mais.

Entre abril e junho deste ano, a companhia viu seu lucro líquido mais que dobrar na comparação com igual período de 2021, chegando aos US$ 139,9 milhões. Na visão de Milton Rangel, CFO da PRIO, o preço do petróleo vai continuar pressionado no médio prazo.

“Do ponto de vista de demanda, a gente tem o mundo se recuperando de Covid. Apesar de aumento de taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos e pelo mundo todo, você tem um mundo que se recupera de uma crise grave que foi a Covid. O lado da demanda tende a se recuperar”, disse.

“No lado da oferta, a gente tem esse problema de falta de investimento ao longo dos últimos anos. E para você botar um poço de petróleo em produção, desde a fase da exploração, desenvolvimento até chegar na produção, você não faz isso de forma rápida. Você leva vários anos. Isso nos dá um pouco de convicção de que o preço do petróleo não tende a cair absurdamente nos próximos meses ou anos”, completou.

Ele participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2022 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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O executivo explicou que a sinergia entre os campos é importante para reduzir o custo de extração do petróleo da companhia. “A gente vem reduzindo isso de maneira expressiva. No ano passado, estava em US$ 20 por barril. Antes disso, já chegou a US$ 40 por barril. Hoje, o preço do barril de petróleo está em US$ 90, US$ 100, e o nosso custo de extração está em torno de US$ 11”, afirmou.

Rangel explicou que o fato de a PRIO comprar campos/poços de grandes petroleiras globais que já estão maduros e não são mais core para essas companhias abre oportunidade de encontrar maneiras de utilização com redução de custos. “Um exemplo é a interligação que a gente fez recentemente entre os campos de Polvo e Tubarão Martelo.”

O CFO falou ainda sobre a negociação do campo de Albacora Oeste com a Petrobras, após a compra do Albacora Leste, sobre o interesse em eventualmente comprar mais poços da Petrobras caso a estatal venha a ser privatizada em algum momento, sobre a interrupção recente da produção no campo de Frade, novos investimentos, além da mudança de nome de PetroRio para PRIO. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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