- agosto 19, 2022
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Dois dias após o início oficial do período de campanha eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança na disputa pelo Palácio do Planalto. É o que mostra pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha nesta quinta-feira (18), encomendada pelo Grupo Globo e o jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o levantamento, Lula tem 47% das intenções de voto em cenário estimulado de primeiro turno ‒ patamar mantido desde a penúltima pesquisa divulgada pelo instituto, em 22 de junho. Já Bolsonaro agora conta com o apoio de 32% do eleitorado ‒ o que representa um crescimento acumulado de 5 pontos percentuais desde 25 de maio.
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A distância entre os dois já foi de 21 pontos percentuais em maio, passou para 18 pontos em julho e agora está em 15 p.p.. A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 18 de agosto e tem margem máxima de erro estimada em 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
O cardápio de nomes à disposição do eleitor não é exatamente o mesmo, já que a última pesquisa ainda trazia as candidaturas de André Janones (Avante), que deixou a disputa para apoiar Lula, e de Luciano Bivar (União Brasil), que desistiu e foi substituído pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS). Mas como nenhum dos dois pontuou naquele levantamento e tampouco a parlamentar agora, é possível fazer comparações e avaliar tendências.
Atrás de Lula e Bolsonaro aparecem o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 8% em julho para 6%, a senadora Simone Tebet (MDB), que manteve os 2% do último levantamento, e Vera Lúcia (PSTU), com 1%. Os demais candidatos Soraya Thronicke (União Brasil), Constituinte Eymael (DC) Roberto Jefferson (PTB), Felipe d’Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB) e Léo Péricles (UP) não pontuaram. Eleitores indecisos somam 2%, enquanto 6% declaram voto em branco, nulo ou dizem que não comparecerão às urnas no dia 2 de outubro.
O questionário foi registrado pelo Datafolha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09404/2022 em 12 de agosto, antes da retirada da candidatura de Pablo Marçal (Pros) e do registro da candidatura de Eymael como Constituinte Eymael. Por isso, o nome do primeiro ainda constou no levantamento, mas ele não chegou a 1% das intenções de voto.
O levantamento mostra que, se a eleição fosse hoje e os resultados se confirmassem nas urnas, Lula poderia ser eleito no primeiro turno. Isso porque, entre os votos válidos (ou seja, excluindo votos em branco, nulos e eleitores indecisos), o petista conta com o apoio de 51% dos eleitores.
Pela regra, se um candidato superar a marca de 50% mais um voto entre os votos válidos, não há convocação de segundo turno.
O Datafolha mostra que Bolsonaro teria 35% dos votos válidos. Já Ciro Gomes aparece com 8%, enquanto Simone Tebet e Vera Lúcia teriam 1% cada.
Considerando os dados segmentados do eleitorado, a pesquisa Datafolha mostra que Lula vai melhor entre eleitores com renda de até 2 salários mínimos (55%), quem recebe ou mora com alguém que recebe o Auxílio Brasil (56%), moradores da região Nordeste (57%), autodeclarados pretos (60%) e homossexuais ou bissexuais (69%).
Já Bolsonaro se destaca entre os eleitores com renda superior a 10 salários mínimos (43%), moradores da região Norte (43%), autodeclarados brancos (38%) e evangélicos (49%).
O Datafolha entrevistou 5.744 pessoas em 281 municípios, entre 16 e 18 de agosto. O instituto trabalha com um dos métodos mais tradicionais no mercado ‒ o de entrevistas presenciais em ponto de fluxo. Entenda a metodologia clicando aqui.
O levantamento tem margem de erro máxima estimada em 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, considerando a totalidade da amostra. Os intervalos de confiança são calculados considerando os resultados obtidos para um nível de confiança de 95%. Isso significa que, se a pesquisa tivesse sido feita mais de uma vez dentro de exatamente as mesmas condições, esta seria a chance de os resultados se repetirem dentro da margem de erro.