- setembro 13, 2023
- Posted by: admin
- Category: Notícias
No mês em que o Banco Central deve reduzir, mais uma vez, a taxa básica de juros, investir em renda fixa continua sendo uma boa opção, segundo especialistas. É preciso, porém, cada vez mais cuidado no momento de escolher os ativos.
Carteiras recomendas de bancos e corretoras podem ser boas referências para quem quer movimentar o portfólio. Em setembro, papéis atrelados à inflação seguem dominando as recomendações.
Além da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que termina no próximo dia 20, o mercado segue preocupado com as contas públicas do Brasil. Depois que o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2024 projetou superávit de R$ 2,8 bilhões, parte do mercado passou a desconfiar da capacidade do governo de entregar o resultado – para analistas, há muita incerteza se os valores estimados pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento são factíveis.
Em relatório, o Santander destaca que, “apesar da nova regra fiscal contribuir para a redução do risco de descontrole da trajetória da dívida pública no curto prazo, sua implementação é dependente da elevação das receitas pelo governo”.
Títulos públicos
Nas recomendações de papéis do Tesouro Direto, os títulos atrelados à inflação são maioria, mas também há espaço para prefixados e pós-fixados. Santander e XP optaram por prazos intermediários nos títulos de inflação, enquanto os outros indexadores têm vencimento mais curto.
Para o Santander, os títulos de inflação são vantajosos diante de qualquer mudança no cenário macroeconômico: “se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco, podemos ver um menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado dos meses. Caso a percepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação exercerá sua função”.
Nos pós-fixados, a leitura é que, mesmo com queda da Selic, a taxa segue alta e ainda vale a pena ter uma parcela da carteira remunerando conforme a taxa básica de juros. A XP projeta que a Selic encerre 2023 em 11,75%; “ou seja, os ativos pós-fixados devem continuar a se beneficiar do nível alto da taxa básica de juros”, diz relatório da casa, que indica o Tesouro Selic para gestão de caixa e reserva de emergência.
Nos prefixados, a XP recomenda o título mais curto disponível para compra para evitar um cenário “particularmente incerto para além de 2025 e 2026”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Oferta Exclusiva
CDB 230% do CDI
Invista no CDB 230% do CDI da XP e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney
Confira as recomendações de XP e Santander para o investimento em títulos públicos em setembro:
Ativo | Rentabilidade anual | Recomendação |
Tesouro Selic 2026 | Selic + 0,1% | XP |
Tesouro Prefixado 2026 | 10,09% | XP |
Tesouro IPCA + 2035 | IPCA + 5,42% | Santander |
Tesouro IPCA+ 2032 | IPCA + 5,30% | XP |
Leia também:
Renda fixa privada
Para investidores com apetite maior por risco, os títulos emitidos por instituições financeiras e empresas de diversos setores se apresentam como opções mais rentáveis. A lista de recomendações tem debêntures, CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CDBs (Certificados de Depósito Bancário).
Nos CDBs, a XP indica dois ativos emitidos pelo C6, um prefixado que paga 12% e outro pós-fixado com remuneração de 120% do CDI. Um dos fatores que fazem a XP confiar na instituição é o aumento da participação do JP Morgan na instituição, de 40% para 46%. O movimento foi anunciado em agosto.
Nos CRIs e CRAs, a diversidade de setores chama atenção. Há recomendações de papéis emitidos por empresas de logística, varejistas e locadoras de veículos. Títulos de duas redes de atacarejo aparecem na lista de recomendações: Assaí e Atacadão. A XP destaca como pontos positivos do Assaí sua escala e capilaridade e histórico de rentabilidade, mas lista o nível de endividamento da empresa como um ponto de atenção no investimento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Outra empresa que tem endividamento elevado, segundo o Santander, é a Eneva, que tem uma debênture incentivada (isenta de Imposto de Renda) na lista de recomendações. Porém, o Santander ainda destaca a previsibilidade de geração de receita da empresa de energia e longo prazo de vencimento de suas dívidas.
Ainda no setor de energia, o Santander também recomenda uma debênture da Neoenergia com taxa anual de IPCA + %. Um dos pontos que o banco usa para justificar o investimento é a diversificação do portfólio da companhia, além da “importância estratégica para os controladores”.
Confira as recomendações de XP, Itaú BBA para o investimento em renda fixa privada:
Ativo | Emissor | Rentabilidade anual | Vencimento | Recomendação |
CDB Banco C6 | C6 | 120% do CDI | set/26 | XP |
CDB Banco C6 | C6 | 12,00% | set/26 | XP |
CRI 23C0247388 | Localiza | CDI + 0,95% | mar/28 | XP |
CRI 23F2455004 | Assaí | 10,60% | jul/27 | XP |
CRA 021002N3 | Zilor | IPCA + 6,61% | out/26 | XP |
CRA 022002XM | JBS | IPCA + 6,19% | abr/32 | Santander |
CRA 022008SZ | Atacadão | IPCA + 6,4% | ago/27 | Itaú BBA |
CRA 022004S9 | Vamos | IPCA + 7,2% | mai/37 | Itaú BBA |
Debênture IGSN15 | Iguá Saneamento | IPCA + 6,65% | jul/24 | XP |
Debênture CCLS21 | Ciclus | IPCA + 6,85% | mar/31 | XP |
Debênture ALGAB1 | Algar | IPCA + 5,64% | jul/31 | Santander |
Debênture PEJA11 | Prio | IPCA + 6,34% | ago/32 | Santander |
Debênture JALL13 | Jalles Machado | IPCA + 5,94% | set/32 | Santander |
Debênture CTEE29 | ISA CTEEP | IPCA + 5,59% | mai/44 | Santander |
Debênture ENEV15 | Eneva | IPCA + 5,72% | jun/30 | Santander |
Debênture NEOE16 | Eneva | IPCA + 5,72% | jun/30 | Santander |
Debênture CBAN52 | Rota das Bandeiras | IPCA + 7,4% | jul/34 | Itaú BBA |
Debênture CBAN32 | Rota das Bandeiras | IPCA + 7,2% | ago/34 | Itaú BBA |
Debênture CBAN12 | Rota das Bandeiras | IPCA + 7,2% | set/34 | Itaú BBA |
Leia também:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE